terça-feira, 31 de maio de 2011

O caso Francenildo

Falamos hoje sobre o caseiro Francenildo Costa, exemplo emblemático de testemunha que mudou o curso da história - poderíamos ter Palocci, e não Dilma, na Presidência hoje. Ou Dirceu. Enfim.
Primeiro, a reportagem do Estadão (perdão, leitores, não a IstoÉ, como eu disse), que deu início à série. Neste link tem uma edição especial ilustrada contando o caso - O cerco a Palocci
Depois, a Época "contra-ataca" com a versão empurrada pelo governo de que Francenildo havia ganhado dinheiro - informações obtidas com a quebra do sigilo bancário do Francenildo e vazadas à revista.
A seguir, reportagem da semana passada, com um ex-diretor das Organizações Globo, afirmando que o próprio Palocci levou à Época dossiê desqualificando o caseiro. O próprio diretor, afastado da empresa, agora fala em http://www.brasil247.com.br/pt/247/poder/2931/Exclusivo-ex-diretor-da-Globo-diz-ao-247-que-Palocci-levou-o-dossi%C3%AA-Francenildo-aos-Marinho.htm
Francenildo ganhou, mas ainda não levou os R$ 500 mil de indenização porter tido seu sigilo quebrado:

25/05/11 - 17:04 por Vannildo Mendes, de O Estado de S.Paulo

Palocci foi responsável por vazamento de dados do caseiro, diz Caixa

BRASÍLIA - Para se livrar da indenização de R$ 500 mil, a que foi condenada a pagar, a Caixa Econômica Federal alegou à Justiça que a responsabilidade

Aos futuros jornalistas

A redação de "O TEMPO", "Super Notícia", "Pampulha", "Portal O Tempo Online" e "WebTV OTEMPO" em ação na "Oração do Jornalista" e no clipe "A redação mais bonita da Cidade". A redação mais animada de todos os tempos. E a música é um mantra viciante. E os comentários também são ótimos. Imperdível!

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Caça-notícia

Hoje vamos pôr a mão na massa: ir à rua (o campus) procurar e identificar uma notícia e escrevê-la, tudo no tempo de aula. Dicas:
Notícia = inédito, incomum, importante, interessante
Dentro desse critério, vale notícia de utilidade pública; vale intriga, vale historinha inusitada. Mas tem que ser verdade e tem que estar acontecendo (ter acontecido) hoje. Notícia de ontem já está velha.
Matéria boa tem personagem. "Ter personagem é o ponto principal para escrever qualquer coisa", disse ontem mesmo o jornalista Ricardo Kotscho, em encontro de jornalistas escritores. Tem matéria (fraca) sobre o encontro no Comunique-se.
Matéria exclusiva é mais legal - busque algo original, só seu. Evite o caminho fácil, como as palestras que sempre rolam na 110K (a menos que seja algo extraordinário)
Aos alunos das 17h: estarei num evento com o reitor, mas volto para receber os textos.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Concursos de jornalismo sinalizam demandas do mercado

Gustavo Rocha - Do Portal da PUC
Os concursos de jornalismo para universitários, promovidos anualmente, são uma boa oportunidade para estudantes e professores conhecerem as demandas do mercado. Segundo profissionais da área, a tendência atual dos jurados de preferir matérias criativas, com tom humano e variedade de fontes, por exemplo, é um sinal do que as empresas desejam de seus futuros jornalistas.
– A escolha recai sobre uma reportagem criativa, humana, com pluralidade de fontes, que dê voz a quem geralmente não é ouvido – afirmou a jornalista Marcia Detoni, jurada da primeira edição do Prêmio CBN de Jornalismo Universitário, de 2009. – Desta forma, o concurso sinaliza o que o mercado valoriza numa reportagem.
Para Detoni, os concursos são úteis porque desafiam os estudantes a produzir matérias nos moldes do mercado, além de oferecerem um retorno imediato. Aos premiados, a confirmação de que estão no caminho certo. Aos não premiados, o convite a uma reflexão sobre a própria formação acadêmica e a um maior empenho na faculdade.
– Recebemos muitos trabalhos que reproduziam velhas práticas, como matérias somente com fontes oficiais – apontou. – Isto é, novos jornalistas, velhos paradigmas.
Além de ser um laboratório, os concursos também podem abrir portas no mercado para o jovem: os vencedores dos prêmios acabam se destacando nos processos seletivos dos veículos de informação.
– No caso do rádio, o candidato premiado parece já preparado para lidar com as exigências do mercado. É diferente do estagiário comum que, apesar da grande vontade que tem de aprender, chega à redação ainda muito "cru" – contou Caroline Morand, repórter da CBN-Rio, que acompanha as equipes de estagiários da emissora.
Juliana Conte – uma das vencedoras do Prêmio ESMPU de Jornalismo Universitário de 2009 – espera que a conquista lhe dê vantagem em processos de seleção.
– Jornalista tem que ter diferencial que dê credibilidade ao seu currículo – afirmou. – A faculdade não é tudo.
Segundo Paulo Eduardo Scheuer, um dos vencedores do prêmio CBN de 2009 junto com Karina Gomes, atual produtora do programa CBN Noite Total, os concursos consistem, também, na oportunidade do estudante ter acesso a todas as etapas da produção de uma reportagem e de se envolver diretamente nelas.
– Fixei bem a maneira como apuramos, editamos e produzimos a matéria. Hoje, quando faço uma entrevista, me lembro da abordagem que fizemos, de como entramos em contato com as fontes, enfim, de tudo o que aprendemos nesse momento – explicou.
Para Marcia Detoni, as faculdades também podem aproveitar os concursos de jornalismo universitário. Ao analisar as matérias vencedoras, os professores tomam conhecimento das exigências do mercado, de quais elementos uma reportagem precisa ter para ser considerada de boa qualidade.
– A academia pode comprovar que o jornalismo tradicional e burocrático não é mais valorizado – recomenda.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Foto premiada de O DIA é destaque em exposição da World Press Photo

Mostra apresenta, a partir de 17 de maio, as premiadas imagens do fotojornalismo mundial

O DIA - A Caixa Cultural Rio apresentará, de 17 de maio a 19 de junho, a exposição World Press Photo (WPP), a mais importante mostra de fotojornalismo, promovida pela organização holandesa de mesmo nome. Serão exibidas 177 fotos, divididas em single e série de fotos, nas seguintes categorias: Notícias em Geral, Notícias em Destaque, Pessoas e Notícias, Esportes, Assuntos Atuais, Vida Cotidiana, Retratos, Arte e Entretenimento e Natureza. Entre os destaques, a WPP destacou, com a Menção Honrosa, uma série de fotos de Alexandre Vieira, do jornal O DIA.
Nas imagens, o registro de um tiroteio na Avenida Brasil, no dia 3 de março de 2010, em plena luz do dia. “Eu voltava de outra pauta, quando escutei, de dentro do carro, um disparo, mas, apenas quando ouvi o segundo, é que resolvi pegar a máquina”, conta Alexandre. “Era início da tarde, de um dia normal – o trânsito fluía, o mercado ao lado estava aberto. Fiquei até o ato final, quando um dos homens pisou na cabeça do outro, que estava no chão”, completou o fotógrafo, que ganhou na categoria Notícias em Destaque – Série de Fotos. A série também venceu o Prêmio Esso de Fotografia 2010, o mais importante do jornalismo brasileiro.

O melhor do fotojornalismo
A 54ª edição da mostra pode ser vista como uma retrospectiva dos fatos mais marcantes de 2010, com a presença de 55 fotógrafos de 23 nacionalidades. Todos os anos, as melhores imagens são premiadas e reunidas na exposição WPP, que parte de Amsterdã e dá a volta ao mundo, passando por Bélgica, Suíça, Líbano e Croácia, antes de desembarcar no Rio, primeira cidade das Américas a receber a mostra. Depois, a exposição segue para Brasília e países como Espanha, França, Estados Unidos e Canadá.
O júri escolheu a fotógrafa Jodi Bieber, da África do Sul, como a grande vencedora desta edição. O retrato de Bibi Aisha – a afegã que teve seu nariz cortado ao sair de casa fugida do marido – também ganhou o primeiro lugar na categoria Retratos. A imagem, fotografada para a revista Time, foi destaque na capa da edição de 9 de agosto de 2010 da publicação americana. 
Serviço:
CAIXA Cultural. Av. Almirante Barroso, 25, Centro (Metrô: Estação Carioca). Visitação: 17 de maio a 19 de junho. De terça a sábado, das 10h às 22h; domingo, das 10h às 21h. Telefone: (21) 2544-4080. Entrada franca.

Como se constrói uma "polêmica" apurando mal ou escondendo fatos, forçando a mão

Estava mesmo malcontada esta história de livro que "ensina" concordância errada. Quando se vai ver direito,  logo cai por terra o argumento da polêmica. Explicar não é "ensinar". E o livro não ensina, mas explica - coisa que a imprensa andou deixando de fazer. E levou um monte de "ólogos" a criticar sem saber direito do que se tratava. E fez títulos "vendedores" de um peixe que era,  na verdade, um bagrinho. Não merecia pé de página, até porque não é novidade, nem é o primeiro livro que explica o fenômeno da concordância de sentido e do seu uso em determinados grupos e situações.
O Último Segundo, além de ouvir uma das autoras, mostra o trecho do livro em que supostamente se ensina o aluno que "nós vai" é certo. Será? Leia e tire suas conclusões:
"Não somos irresponsáveis", diz autora de livro

Nota da Editora: Depois de acalorada discussão com pessoas que admiro e respeito - alunos, amigos jornalistas ou não -, admito que o livro extrapola os limites da língua e do bom senso, e não deveria ter sido distribuído pelo governo. Mas mantenho minhas críticas à ferocidade e descontex...tualização com que a notícia é conduzida na mídia. O Globo hoje diz que, por causa do livro, as regras do Enem terão que mudar para que respostas erradas sejam aceitas (http://oglobo.globo.com/educacao/mat/2011/05/17/haddad-defende-livro-mas-enem-exige-norma-culta-924488204.asp). Parem as máquinas! Me senti menos maluca ao ler o que disse o linguista Marcos Bagno, professor da Universidade de Brasília (UnB), ao próprio Globo: "O linguista contestou a opinião da procuradora Janice Ascari, do Ministério Público Federal em São Paulo, que acusou os responsáveis pela edição do livro de estarem cometendo um crime contra a educação.
- A procuradora falou de modo leviano, sem conhecimento de causa, inspirada somente no que ouviu dizer. Fez um escândalo sobre o que não existe. Ninguém está propondo 'ensinar a falar errado', mas simplesmente a reconhecer a realidade linguística multifacetada, heterogênea - criticou Bagno, autor de vários livros sobre o tema.
Segundo o professor da UnB, a procuradora não sabe que há mais de 15 anos o ensino do português no Brasil diferencia a língua falada da escrita para que o aluno passe a perceber e a apreender a linguagem culta."

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Para ver e ler Silvio Tendler

Silvio Tendler lança “Quatro Baianos Porretas", coletânea de roteiros dos filmes sobre Glauber, Marighella, Castro Alves e Milton Santos, e a caixa com os quatro filmes. O lançamento será quinta-feira, dia 19 de maio, às 19h, na Livraria da Travessa (Rua Visconde de Pirajá, 572 – Ipanema).

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Ainda sobre Aydano e a coluna de Ancelmo Gois

Um texto superbem-escrito de um jovem blogueiro sobre a coluna do Ancelmo. Compartilho por ser informação relevante, sobre jornalistas e rotina de trabalho que devemos conhecer; por ser um estímulo a escrever, dica do próprio Aydano; e principalmente porque é bom de ler: Apenas Pequenos Pensamentos: Por trás da coluna de Ancelmo Gois

Comunique-se : Folha, CBN, G1, Exame e JN são eleitos os mais influentes da mídia

Deu no Comunique-se: O estudo Impacto das Mídias, realizado pelo Instituto Máquina de Pesquisa, da Máquina PR, revelou os veículos, jornalistas e blogs mais influentes na opinião dos executivos brasileiros. O levantamento ouviu 262 porta-vozes, de 94 empresas de atuações diversas, que juntas são responsáveis por um faturamento aproximado de R$ 497,98 bilhões, e mostrou que Folha de S.Paulo, CBN, G1, Exame e Jornal Nacional são os mais influentes na opinião dos executivos. Entre colunistas e blogs, se destacam Mônica Bergamo, Miriam Leitão e Ricardo Noblat.
Na visão dos executivos, a mídia impressa continua sendo a mais confiável, com 53,8% das indicações. Para eles, o que mais importa não são denúncias ou repercussão que o meio causa, mas o fato de tratar os assuntos com profundidade.

Apesar dos entrevistados revelarem que acompanham diariamente o noticiário por agências de notícias e blogs, esses meios não são considerados os mais confiáveis para os executivos, mas jornais, revistas, TV e rádio aparecem na frente. No entanto, os veículos online ganham mais credibilidade ano após ano. “Fizemos a mesma pesquisa em 2008 e o que chama a atenção é que a média desses veículos online subiu, quer dizer que os executivos estão reconhecendo paulatinamente a credibilidade desse meio”, explica o jornalista Marcelo Diego, responsável pelo estudo.



sexta-feira, 6 de maio de 2011

Uma boa pauta


O economista Tony Piccolo coordena há dez anos o site Amai-vos, no qual, através de uma rede de parcerias com todas as vertentes do pensamento cultural, social e religioso, se dedica a trocar ideias para tornar o mundo um lugar melhor, dentro do seu slogan “inteligência e tecnologia a serviço do amor”.
Lembra que houve um tempo em que consumidor não reclamava, jovem não tinha voz, criança não tinha direitos? Embora as conquistas tenham avançado, muitos ainda não conhecem esses seus direitos, ou não sabem a quem reclamar, a quem recorrer, onde consultar. O mesmo com os gays, que vêm tendo reconhecidos os seus direitos civis – plano de saúde, pensão e agora o direito à união civil, mas ainda têm um monte de preconceitos a derrubar.
O Amai-vos tem parcerias com a PUC para prestar assessoria jurídica, psicológica, religiosa, gratuita e de qualidade, a qualquer pessoa, sobre os mais diversos assuntos.
Acaba de entrar no ar o serviço Diversidade Sexual On-line, canal de comunicação criado para orientar os internautas sobre assuntos ligados à homossexualidade, especialmente cidadania, família, religião, espiritualidade e autoestima. Conta com a parceria do Grupo de Pesquisa Diversidade Sexual, Cidadania e Religião da PUC-Rio. O grupo se dedica ao estudo da homossexualidade relacionada a questões de família, direitos humanos, ciência e religião. É formado por professores e alunos de diversos departamentos da universidade, bem como por profissionais das áreas de serviço social, psicologia e teologia, que procuram conhecer e se aprofundar nesse tema. Já havia as orientações on-line sobre Conselho Tutelar, Direito do Consumidor, Legislação, e ainda para grupos mais específicos: Jovens, Médicos e Professores.

Mas o portal é bem mais do que isso: é um fórum de ideias, tendo no seu time de colunistas Frei Betto, Leonardo Boff, André Urani, Luiz Eduardo Soares e Nilton Bonder, entre outros; traz notícias e entrevistas interessantíssimas, que não estão na grande imprensa. Toca projetos sociais. Divulga ações pela paz. Produz bem-estar. E produz também questionamento, indagação, inconformismo, hábitos saudáveis sem os quais não crescemos como indivíduos, como cidadãos.

O Amai-vos faz esse trabalho voluntário “silenciosamente”, há dez anos. Difícil sair algo na chamada grande imprensa. Tony nem se importa, está fazendo seu trabalho de formiguinha, e com ótimos resultados. Mas, como jornalista, fico impressionada, e não vejo outra razão para isso que não o preconceito. O preconceito do qual os jornalistas dizemos estar livres, mas que curiosamente ignora pautas sobre um portal de nome meio “cafona”, meio “jesus”, de que nunca se ouviu falar e, portanto, não deve ser sério. Fala sério.

Se ignorância significa não saber, arrogância significa não querer saber. Jornalista deve ser curioso, deve buscar se informar sempre, procurar notícia em qualquer lugar, sem prejulgamentos ou preconceitos, não é esse o combinado? Pois então, aí está uma boa pauta, ou várias.

Recordar é viver

Como anda o seu português?

Faça o Teste de Português Nível 5 do Educar para Crescer, site educativo.

E não esqueça do mantra: Para escrever bem, a gente precisa ler quem escreve bem!

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Campanha

Troque por uma informação um adjetivo pobre

O auditório estava cheio = o auditório de 150 lugares abrigou 200 pessoas, muitas em pé ou sentadas no chão.

cineasta renomado = dono das maiores bilheterias de documentário do país, de até 1,7 milhão de espectadores

Mandem suas contribuições!

Comunique-se :: TV Globo: sindicato contesta projeto em que telespectadores viram repórteres

O que você acha do "Parceiros do RJ": precarização ou inclusão? Opine.

Comunique-se :: TV Globo: sindicato contesta projeto em que telespectadores viram repórteres

Links para slides

Aula Notícia

Aula Redação

Tabela Hífen