quarta-feira, 29 de junho de 2011

A história da imprensa que contestou a ditadura

De Nós da Comunicação, via Luciana Medeiros:

Instituto Vladimir Herzog apresenta a história da imprensa que contestou a Ditadura 

André Bürger

Com a proposta de resgatar a memória da imprensa alternativa e clandestina que circulou no Brasil entre 1964 e 1979, período entre o golpe militar e a anistia, o Instituto Vladimir Herzog promove o projeto ‘Resistir é Preciso’. Ao longo do ano, serão lançados dois livros, documentários, uma exposição sobre o tema e a coleção de DVDs ‘Os protagonistas dessa história’ com depoimentos de 60 jornalistas  que combateram a ditadura no Brasil, produzindo jornais de contestação do regime.
A data de lançamento do projeto, dia 27 de junho, marca os dois anos de criação do instituto, uma organização sem fins lucrativos fundada em 25 de junho de 2009, que se posiciona com neutralidade
político-partidária, e o 74º aniversário de Vladimir Herzog. O jornalista foi encontrado morto, em outubro de 1975, nas dependências do 2º Exército, em São Paulo. Três anos depois, em processo movido por
sua família, a União foi responsabilizada pelas torturas e morte do então diretor de jornalismo da TV Cultura.
O projeto ‘Resistir é preciso’ revela a importância de 110 jornais clandestinos, 115 periódicos editados no exterior por jornalistas exilados e distribuídos no Brasil e em países de língua portuguesa.
Além disso, traz também a história de mais de 400 diários alternativos, todos de grande importância, como explicou o jornalista Ricardo Carvalho, um dos coordenadores de conteúdo e de pesquisa do projeto. “Os profissionais à frente dessas publicações foram fundamentais para o processo de redemocratização do país na luta contra a ditadura militar”, comentou.
Entre os veículos estão os jornais ‘Opinião’, ‘Movimento’, ‘Brasil Socialista’, que era editado na Bélgica, ‘Cartas Chilenas’ e o ‘Voz Operária’. Este último produzido na Itália e na União Soviética pelo
Partido Comunista Brasileiro. A maioria das publicações alternativas era de esquerda, normalmente com uma linha editorial mais opinativa. “Esses jornais faziam uma leitura dos grandes veículos brasileiros e
das principais revistas que circulavam pelo país”, esclareceu Carvalho.
A coleção de DVDs reúne depoimentos de jornalistas de destaque como  Juca Kfouri, preso em 1971 quando era chefe de reportagem da Placar; o dramaturgo e roteirista Aguinaldo Silva; o escritor Fernando Moraes que trabalhou nas redações de Veja e Folha de S. Paulo; Ziraldo Pinto, um dos fundadores do Pasquim; Reynaldo Jardim, que faleceu logo após gravar seu depoimento e Raimundo Pereira, um dos fundadores do ‘Opinião’. Posteriormente, Pereira trabalhou no jornal ‘Movimento’ e hoje edita a revista mensal ‘Retrato do Brasil’.
Para Carvalho, o projeto é uma oportunidade para estudantes de jornalismo aprenderem sobre esse período da história da imprensa no país. “Quando conhecemos a trajetória desses homens e mulheres que  lutaram pela liberdade do Brasil, ficamos blindados contra qualquer ameaça futura a essa liberdade. Por isso, é fundamental que as novas gerações conheçam esse tipo de trabalho”, acredita.  Na entrevista ao Nós da Comunicação, Carvalho comentou a Lei de Acesso à Informação, que obriga órgãos públicos a prestarem informações à sociedade. “As pessoas precisam ter acesso às informações. Porque no  momento que vira secreto, vira também suspeito. Se tem alguma coisa errada é preciso falar para a sociedade. Concordo que não precisa ser no ano seguinte, porque algumas questões são de segurança nacional, mas é preciso divulgar algum dia. Não existe meia democracia: ou existe ou não existe. Qualquer meio-termo é palhaçada”, criticou o jornalista.

terça-feira, 28 de junho de 2011

E o português?

No Jornal Nacional, a estudante de Comunicação afirma na reportagem: "E eu que pensei que o inglês, língua em que investi pra conseguir estágio, é que seria uma vantagem. Que nada, o português é que faz diferença". Ela ficou no caminho em quatro ou cinco testes para estágio.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

terça-feira, 21 de junho de 2011

A "despensa" da redação

Últimas notícias: aquele diretório na redação chamado "dispensa", onde ficam as matérias que caem. Junto com o feijão, do lado do arroz.
E uma porção de gente engoliu...

domingo, 19 de junho de 2011

Histórias de uma jornalista

A querida amiga jornalista Luciana Medeiros contou à turma das 13h esta história protagonizada por sua mãe, Maria d'Ajuda, uma das primeiras repórteres do telejornalismo brasileiro. Pedi a ela que registrasse pro blog. Aí está o emocionante relato:

"Eram os anos 70 – início, talvez 74, ou já para 75/76, quem saberá dizer?... Minha mãe, Maria d’Ajuda, integrou a primeira geração de repórteres femininas da TV Globo, junto com Glória Maria, Leda Nagle e Scarlett Moon, entre outras, e ainda iria ser uma das editoras do Jornal Hoje em seus primórdios. Na época dessa foto, ela era repórter de rua. O cinegrafista que está com ela se chamava Flavinho. Em tempo: minha mãe é filha da PUC, e formou-se na última turma de Jornalismo, antes do curso se transformar em Comunicação Social. Ela cursou a faculdade depois de casada, eu tinha 6-7 anos quando ela começou – deve ter sido de 68 a 72 ou coisa assim. Logo depois ela foi para O Globo e a TV Globo, depois TV Bandeirantes e TVE.
Bom, a história: estava ela, junto com uma turma grande, fazendo plantão num prédio da Av. Atlântica, à espera de um (a memória que não me traia demais) comandante de voo comercial acusado de contrabando. Tocaia mesmo, junto com outras equipes. Esse cidadão careca aí da foto sai do prédio e todos se precipitam para entrevistá-lo (gente, e cadê a polícia? Eu, hein). Apesar dos sapatos plataforma, lá foi Maria d’Ajuda correndo na frente do bando de coleguinhas... e o camarada, que não era comandante nem acusado de nada, meteu-lhe um empurrão daqueles. Evandro clicou a cena, a foto saiu no JB no dia seguinte e ele – que tinha sido professor dela na PUC – mandou fazer esse megapôster, que ela doou para a redação da faculdade.
Minha mãe morreu em 1984, no cumprimento do dever: estava no voo fretado que caiu em Macaé, junto com 14 outros jornalistas de TV. Eles iam cobrir o marco da extração de 500 mil barris da Petrobras em Campos. Havia gente das TVs Globo, Bandeirantes, Manchete e ela era da TV Educativa (hoje TV Brasil). No dia seguinte, Samuca (Samuel Weiner, filho de Danuza Leão), também repórter da TV Globo,  morreu num acidente de carro, voltando de Macaé para o Rio, depois de cobrir as primeiras buscas do acidente. Foi traumatizante para todos. Eu era aluna da PUC nessa época, e tinha justamente acabado de sair de uma aula na redação, com Fernando Ferreira, quando cheguei em casa e soube do acidente.
Curiosamente, quase todos os repórteres que estavam naquele avião tinham sido convocados às pressas para substituir um colega que não poderia ir. No caso da minha mãe, ela – que tinha pavor de avião – entrou no lugar de Munir Safatli.
Ela era uma mulher avant la lettre, muito à frente do seu tempo. Tinha a ânsia de viver tudo, uma gula, uma paixão que faziam dela uma pessoa inesquecível. Eu me lembro de numerosas ocasiões em que ela ficava felicíssima com as missões mais espinhosas – plantão que virava noite na rua, como no sequestro do Carlinhos, caso que parou o Brasil (e aliás nunca foi resolvido). Quando morreu, tinha 46 anos. Morreu trabalhando, que era o que ela mais gostava de fazer."
Abaixo, o pôster de Evandro Teixeira ainda ao fundo da sala da redação do Projeto Comunicar, em foto do acervo de Paula Autran. Aparecem os então estagiários Patricia Albuquerque; Fernando Lafayette e Luiz Antonio Ryff; Fernando Luna e Angelica Lopes; Paula Autran, Luciana, Germana Costa Moura e Monica Weinberg; Felipe Barboza e um amigo dele que não fazia Comunicação na última fileira. A foto é de Julien Maculan, fotógrafo do projeto na época. Auxílio luxuoso de Ryff na identificação. Valeu!

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Comunique-se : Assessoria ameaça jornalistas via twitter e perde cliente

Comunique-se :: Assessoria ameaça jornalistas via twitter e perde cliente

Pesquisa de Satisfação

Aos alunos: 
Claro que não resisti e li ontem mesmo os comentários positivos e negativos sobre o curso. Depois de corrigir as provas e lançar as notas, vou fazer a tabulação dos resultados e compartilharei aqui. Mas adianto que fiquei feliz com o resultado geral.

E o PIB foi para...

Esta é a divulgação do PIB pelo IBGE. Todos os jornalistas prontos para passar a notícia na hora em que os dados são divulgados. Coisa de doido.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

O que se espera de um jornalista iniciante?

O blog Novo em Folha é tudo de bom. Este link, Ana Estela ("Jornalismo Diário") fala das qualidades mais desejadas em um jornalista.

Este outro traz vários links com dicas de profissionais sobre como se preparar para ser correspondente, cobrir cultura, economia, esporte, adolescentes etc.