quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Jornalismo colaborativo

O encolhimento do orçamento e das redações tem uma vítima certa: veículos de mídia não podem mais se dedicar tanto às longas e trabalhosas reportagens investigativas. Buscando uma solução para não comprometer a qualidade jornalística, empresas de comunicação rivais começaram, nos EUA, a articular colaborações – como apurações em conjunto ou acordos de compartilhamento de conteúdo e recursos. Aos poucos, também foram entrando na arrumação sites sem fins lucrativos como o Voice of San Diego e o St. Louis Beacon. Mas a estratégia de juntar esforços apresenta desafios – entre eles, o de não comprometer a qualidade e a credibilidade jornalística.

Mais no Observatório da Imprensa

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

A teoria do espelho e o reflexo da mediocridade no jornalismo de entretenimento praticado na web

Dica de leitura da Nathanna Alves.
Boa discussão, com a qual concordo parcialmente. Discordo especialmente quando o jornalista Marcelo Rebelo confunde "interesse público" com "interesse do público", ao dizer que a função do jornalista é divulgar o que é de interesse público e que, se o público se interessa por mediocridades, temos que nos submeter às regras da audiência e nos acostumar ao que há de pior. Não, acho que nosso dever é batalhar como guardiões do que é realmente de "interesse público", longe do banal e do fugaz. Neste aspecto, somos cada vez mais necessários.
Valeu pela contribuição!

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Aula Redação

Cargos, hierarquia, características das principais funções - do livro Jornalismo diário, de Ana Estela Sousa Pinto.
Inclui link para matéria em que o repórter especial  do Globo e professor da PUC Chico Otávio apresenta a redação.

Princípios Editoriais das Organizações Globo

Conteúdo importantão para nós em Comunicação Impressa.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Prêmio Esso 2011

Indicadas ao Prêmio Esso as melhores reportagens de 2011. A lista, via blog do jornalista Vicente Nunes, do Correio Braziliense, jornal campeão de indicações.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

A crise e o papel do jornalismo impresso

A coluna do Merval Pereira desta quinta-feira, sobre o papel dos jornais impressos, a partir de debate sobre o filme Primeira Página, por dentro do New York Times, que está no Festival do Rio.
(via Blog do Noblat)

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Bastidores do Grupo Abril

 Artigo publicado no Observatório da Imprensa, sobre os rumos da Abril.

domingo, 11 de setembro de 2011

Para pensar o jornalismo

De Beatriz Becker, doutora em Comunicação, sobre o jornalismo atual, em coletânea inédita de artigos sobre a prática do jornalismo: 

"Questiona-se ainda como a imprensa independente pode sobreviver em uma sociedade democrática neste século. Mas parte-se visivelmente em direção a uma proposta de jornalismo voltado para a produção de um modelo inclusivo, de comunicação interativa e reflexiva. Hoje, os cidadãos têm mais poder que nunca para produzir e distribuir informações. As pessoas já não têm mesmo necessidade da imprensa como antes, porque estão disponíveis muitos outros canais de informação e modos de apreender a vida social no dia a dia, mas não deixam de precisar de uma informação profissional e confiável sobre os acontecimentos que merecem ser conhecidos quando ajudam a compreender e a melhorar a sociedade na qual vivemos. Se o jornalismo e os jornalistas têm perdido a sua “aura” de exclusivos historiadores da verdade do presente, não deixam de oferecer uma forma de conhecimento fundamental do Brasil e do mundo. 

As práticas jornalísticas constituem-se em uma possibilidade de resistência ao pensamento único, às estratégias retóricas e ao cinismo que muitas vezes sustenta determinadas ações políticas, funcionam como um instrumento importante de vigilância dos poderes constituídos; denunciando atitudes e acontecimentos que nem sempre colaboram para percepções mais amplas da realidade, e reafirmam a necessidade do estabelecimento de sociedades mais descentralizadas e democráticas, ainda que seus modos de dizer o cotidiano social, ou melhor, de eleger e constituir critérios de noticiabilidade na construção de seus relatos nem sempre sejam transparentes ou visíveis. O jornalismo revela jogos e disputas de poder, desigualdades, faz denúncias e informa sobre os principais acontecimentos do país e do mundo, e os sentidos das notícias não só intervêm na vida, nos pensamentos e na cultura de todos os cidadãos, mas também em nossas relações com o outro e em nossas perceções da vida em suas diferentes dimensões. 

De fato, o jornalismo contribuiu para a comprensão do mundo e, quanto mais democrática é uma sociedade, mais informações e notícias existem. Por isso, implica um fazer e um saber específicos, o que demanda não apenas uma formação técnica para o exercício da profissão, mas também ética e humanista em função de sua relevante função social. Mas, não pode ser visto sem contradições em relação ao seu papel idealizado de formador do cidadão na atualidade. E para tentar compreender essas contradições precisamos procurar identificar os desafios que o jornalismo enfrenta na atualidade nas práticas profissionais, mas também no ensino e na pesquisa e suas possíveis relações."
(...)

O paradigma da objetividade jornalística, por exemplo, começou a ser questionado pela própria profissão, em boa parte devido à crítica acadêmica, revelando que o discurso da imprensa é mais do que um relato, pois cria instruções, expectativas ou enquadramentos em torno dos quais os outros devem se orientar e organizar seus modos de atribuir sentidos à realidade. A existência de um maior número de sites de “crítica da mídia” é exemplo dos efeitos da construção de uma cultura crítica de consumo da informação jornalística.

"Hoje, as pesquisas nesse campo de conhecimento tornam-se cada vez mais consistentes em diferentes países e continentes. Refletir sobre as referidas contradições e desafios enfrentados pelas práticas jornalísticas na atualidade; apontar perspectivas; questionar os atuais critérios de noticiabilidade, encontrar parâmetros de qualidade para o exercício profissional; pensar em novos modos de fazer jornalismo e de relatar o cotidiano social; e sugerir diretrizes também para o aperfeiçoamento do ensino – estes são alguns dos atuais temas de pesquisas em jornalismo em curso não só no Brasil, mas em todo o mundo."

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Algo se move - coluna Merval Pereira

Sobre as manifestações do Sete de Setembro de 2011, contra a corrupção.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Um caso de formação de leitor

 Matheus Souza (omatheussouza@gmail.com)
A Megazine ajudou a formar o meu caráter. Estava aqui pensando no que escrever na coluna desta última edição impressa da revista, me lembrando da época em que eu era "apenas" um leitor, e foi essa a conclusão a que cheguei. Se um dia eu fiz um filme, se um dia eu virei um roteirista, se um dia eu virei colunista do jornal, foi porque eu li muito na fase de crescimento. Afinal, eu precisava fazer outra coisa para me distrair do fato de que eu não estava crescendo muito na fase de crescimento. E sim, sou do time que acha que o hábito da leitura torna as pessoas melhores.
A paixão pela leitura é um processo gradual, uma espécie de cadeia evolutiva. Bom, pelo menos no meu caso foi assim. Um rapaz sem hábito de leitura não vai acordar um dia e pensar "ai que vontade de ler um Dostoiévski". Quando eu era criança, lia os quadrinhos da Turma da Mônica. Um pouco mais velho, parti para o Homem-Aranha, os X-Men e o Lanterna Verde. Na pré-adolescência surgiu um tal de Harry Potter e um suplemento super colorido do jornal que minha mãe assinava, a Megazine. Ela ia jogar fora o jornal de terça quando viu que tinha essa nova área jovem. Resolveu guardar para eu dar uma lida quando voltasse da escola.
Eu voltei, li e virou costume de toda terça. Era um milagre, um veículo destinado aos jovens, que não os tratava como completos idiotas. Por causa da Megazine, passei a fuçar mais o GLOBO e me viciei no Rio Show (Rio Fanzine principalmente) e no Segundo Caderno. Com isso, passei a ir mais ao teatro, a shows, exposições, aos cinemas do grupo Estação, e um mundo novo foi se abrindo pra mim. Esses cadernos me apresentaram ao Woody Allen, ao Radiohead, ao Nick Hornby e ao Domingos Oliveira. E eles me levaram a pesquisar o que veio antes deles. E tudo isso me levou a escrever, a achar o meu caminho, descobrir o que eu queria fazer da vida.
(Ah, só pra constar, não estou aqui defendendo que este é o único ou o melhor caminho a ser tomado. Uma pessoa pode virar presidente sem o hábito da leitura. Mas é, de fato, um caminho. Sólido e proveitoso. E uma das coi$mais difíceis quando se é jovem, é achar um caminho.)
Eu tenho muito carinho por esta revista. Meu longo relacionamento com a Megazine tem tintas de caso amoroso. Lembro do início do nosso namoro, em que no recreio do colégio, eu, excluído do futebol, fugia pra biblioteca pra ler a edição da semana; da fase "Eduardo e Mônica", em que ela me levou para conhecer coisas novas através de colunas como a "Qual é" e me ajudou a estudar para o Enem com suas dicas para o vestibular; de quando ela me incentivou e viu potencial em mim, publicando a primeira matéria sobre meu primeiro filme; e, enfim, do nosso casamento, quando passei a escrever a coluna.
O jornal O GLOBO tem o prêmio Faz Diferença, para pessoas ou instituições que tiveram destaque em seus diferentes cadernos durante o ano. Eu fui indicado em 2008 na categoria "Megazine" e, gostaria de dizer aqui, em retribuição, que a Megazine fez a diferença pra mim. E minha caixa de e-mails, por causa da coluna, está cheia de mensagens de outros jovens com o mesmo sentimento. Então, obrigado, e parabéns por isso.
Ah, e num "momento Xuxa Park", gostaria de agradecer à minha mãe também por ter guardado pra mim centenas de Megazines ao longo dos anos. Você é incrível.
Bom, nos vemos, a partir da semana que vem, toda terça aqui no site. Um abraço!

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/megazine/mat/2011/08/29/megazine-um-caso-de-formacao-de-leitor-925245979.asp#ixzz1WX3OLnMt
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terça-feira, 16 de agosto de 2011

O poder do jornal

Notícia que atualiza e complementa a pesquisa mostrada em aula de Comunicação Impressa, sobre a importância do Meio Jornal (Ipsos/ANJ).

Ricos nos EUA leem jornal e revistas em papel

Previsão da morte dos meios tradicionais é prematura, diz pesquisa
A maioria dos americanos com amplo acesso às novas tecnologias prefere consumir informação em seus formatos originais, como TV e veículos impressos. O dado é de uma pesquisa da Ipsos, empresa especializada em estudos sobre mídia e marketing. O levantamento foi divulgado pelo site AdAge.

Segundo o estudo, 86% dos americanos com maior poder de compra leem jornais no formato impresso. Apenas 39% o fazem no computador e 14%, em smartphones. Com as revistas, o comportamento se repete: 93% as leem em papel e 27%, no computador. Programas de TV são vistos na plataforma tradicional (aparelho de TV) por 94%. Só 23% os assistem no computador.


Para chegar ao resultado foram entrevistados, de março a maio de 2011, mil internautas com renda familiar anual de pelo menos US$ 100 mil. Isso representa, segundo o texto do AdAge, “os 20% dos americanos que detêm cerca de 60% da renda dos EUA”.

Outro dado do Ipsos diz que o aparelho de TV ainda é o maior responsável pelo consumo de informação dos americanos mais ricos. Questionados sobre como acompanharam a morte de Osama Bin Laden, por exemplo, 70% responderam que foi pela TV e 40%, pelos jornais impressos. O mesmo ocorreu com o terremoto, tsunami e crise nuclear do Japão: 76% acompanharam a repercussão pela TV e 49%, pelos jornais impressos.

Veículos tradicionais têm até mesmo aceitação entre os jovens ricos. Dos entrevistados com idade de 18 a 34 anos, 88% leem revistas em papel. Só 35% o fazem via internet. E 70% leem jornais impressos, enquanto 54% os leem on-line.

Vídeos são vistos por 94% dos jovens na TV e por 35% em computadores. Por fim, mesmo com a difusão dos tablets e smartphones, os jovens ainda preferem acessar websites em seus computadores, diz a pesquisa. Essa plataforma tradicional é usada por 93% e só 38% usam smartphones para ver as páginas.




Do blog de Fernando Rodrigues/Folha/UOL
Para seguir Fernando Rodrigues no Twitter

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Pesquisa de Veículos para Comunicação Impressa - Atualizado

Em grupos de 4 (turma das 15h) ou 5 (turma das 17h), pesquisar um veículo de comunicação impressa.
O Globo, Folha de São Paulo, Estadão, O Dia, Extra, Veja, Época, Piauí, à escolha. 
Como é este jornal/revista? Quem é seu público, qual o seu perfil (linha editorial), a tiragem, a linguagem, as editorias (seções).
Sugiro visitar a redação (ou sucursal) e entrevistar um jornalista do veículo escolhido.

Apresentação oral e escrita, entregue no dia da apresentação, a ser sorteado no dia 19/8. 
Fontes de pesquisa: as próprias empresas, ANJ (jornais), Aner (revistas), veículos especializados em comunicação.
Produzir texto próprio, original. Passe longe de Wikipedia e control C/control V.

Na apresentação, use exemplares, e mostre que sabe identificar os tipos de textos noticiosos: notícias, reportagens, perfis, entrevistas, colunas de notícias, artigos de opinião. Fale sobre o conteúdo editorial, identifique os principais articulistas.
 
Turma das 15h:
Dia 29
Veja: Nathanna, Bianca, Anna Luiza e Thiago Rebello
Folha: Raul Simões, Guilherme  Campos e Guilherme Alencastro
Dia 2
Estadão: Michel, Marina e ?
Extra: Raoni, Nara e Andressa
Dia 5
Piauí: Isabela, Carolina, Felipe e Caroline  
O Globo: André, Fernanda, Ana Carolina e Thaís

Turma das 17h:
Dia 29
Época: Fernanda Linhares, Bruna Amorim, Luane Gerbassi, Gabriel Pereira
Piauí: Felipe Mazzoli, Lucas Baltar, Francisco Ribeiro, Ivan Serpa e Daniel Belmonte
Dia 2
Folha: Gabriel Santos, Rodrigo Serpellone, Leonardo Zielinsky, Mariana Villano e Gabriel Linhares
O Dia: Caio Santos, Raiza Garcia, Maria Gabriela
Dia 5
Veja: Alice Gani, Cassia Soares, Mariana Carvalho, Maria Kozlowski e Evelyn Araujo
Globo: Ana Carolina Jobim, Juliana Chagas, Marina Pereira e Julio Cesar

Impresso, online

Sáo típicas de impresso os textos:

Contra distúrbios, Inglaterra quer censurar redes sociais: Bloqueio já usado por ditadores deflagra debate sobre limite às liberdades. Contextualização. Comparação.
Página interna: Modelo egípcio para a ordem britânica: em medida já usada por ditadores, primeiro-ministro ameaça bloquear mídias sociais para conter distúrbios e deflagra debate sobre a censura
Texto principal: repercussão sobre liberdades individuais com autoridades, representantes de ONGs de direito civil
Textos de apoio:
Calar vozes on-line é missão quase impossível: Especialista em tecnologia (CAT): filtros por palavras-chave, bloqueios são rapidamente contornados
Magna Carta, primeiro documento a impedir arbitrariedades a um governante, em favor da liberdade individual
Canção do The Clash, hino da Olimpíada, é retrato musical dos distrúrbios. Artigo de correspondente do El País

Família do 174 não recebeu indenização.Suíte do sequestro do ônibus na Presidente Vargas. semelhança entre os casos. O que aconteceu com os policiais que atiraram, e com sobreviventes e família de vítimas.
No dia: cobertura contou com jornalistas que cobriram 174, que foram ao local ou colaboraram da redação - reportagem da Vera Araujo, Por Dentro do Globo, crônica da Carla Rocha.

Leitura recomendada: Deu no jornal, em especial o artigo de Álvaro Caldas.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Internet não é território livre, não, senhor

Geneton Moraes Neto mostra que o suposto "território livre" da internet não é tão oba-oba como pode supor a nossa vã filosofia.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Circulação de jornais bate recorde e cresce 4,2% no primeiro semestre

O Globo, 26/07/2011

Bruno Rosa (bruno.rosa@oglobo.com.br)

A circulação de jornais nos primeiros seis meses deste ano bateu recorde e avançou 4,2% em relação ao mesmo período de 2010. De acordo com dados do Instituto Verificador de Circulação (IVC), o número de exemplares vendidos por dia atingiu pela primeira vez a marca de 4.439.212.
Segundo o IVC, o aumento na circulação foi impulsionado por jornais populares, com preço de capa de até R$ 0,99, que tiveram alta de 12,9% nas vendas por dia no primeiro semestre deste ano. Com isso, atesta Pedro Martins Silva, presidente-executivo do IVC, o volume de vendas avulsas avançou 5,1% no período. Já entre as assinaturas, a alta foi de 3,2%. No grupo dos grandes jornais, com preço de capa acima de R$ 2, o crescimento na circulação foi de 3,2%.
No ranking dos jornais mais vendidos do país, O GLOBO subiu da quarta para a terceira posição, com 264.382 exemplares vendidos em média por dia, uma alta de 5,01%. O jornal "O Estado de S.Paulo" avançou 9,43%, passando da quinta para a quarta colocação, atingindo 252.999 exemplares diários, em média. A "Folha de S.Paulo" e o popular "Super Notícia" permaneceram em primeiro e segundo lugares, respectivamente. A circulação do diário paulista cresceu 5,02% e a do jornal mineiro avançou 3,95%. No mercado do Rio de Janeiro, O GLOBO se tornou líder em circulação no estado, com fatia de 28,97%. O "Extra", que era o primeiro no ano passado, passou para a segunda colocação, com 26,84%.
Pedro Martins Silva destacou que o avanço na circulação entre os principais jornais ganha respaldo com o bom momento que vive a economia brasileira.
- O crescimento do país levou as empresas a investirem mais, descobrindo novas oportunidades e investindo em marketing. O aumento da renda da população alavancou o crescimento vigoroso nos títulos populares. Em 2010, houve uma recuperação dos efeitos da crise mundial de 2009, e o primeiro semestre deste ano indica que o crescimento será continuado.
Mario Rigon, diretor de Mercado da Infoglobo, afirmou que o meio jornal vive um bom momento, ao crescer 2% em 2010 e mais de 4% nos primeiros seis meses deste ano:
- Apesar da grande oferta de informação, o jornal não perde sua relevância. Esse crescimento, em cima de uma base de 2010 que já tinha crescido 2% sobre 2009, comprova isso. Os populares têm o maior potencial de crescimento devido ao aumento da renda, mas os jornais qualificados também se valeram desse fenômeno e cresceram. O maior exemplo foi o GLOBO, que cresceu 5%, acima da média de mercado.

terça-feira, 26 de julho de 2011

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Má fama

Armando Nogueira contava que, quando começou a trabalhar em jornal, perguntaram: 
- Você conhece alguma coisa de jornalismo?
- Não - respondeu.
- Então, você vai trabalhar no Esporte.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

"Quem é Fátima Bernardes?"

Um dia Milton Temer, então chefe dos jornais de bairros do Globo, fez a pergunta a um grupo de estagiários, do qual fazia parte a hoje jornalista e apresentadora do JN. Histórias deliciosas no depoimento que Fátima ao projeto Memória Globo. Divirta-se!

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Zuenir vira manchete aos 80

Homenagem do Globo ao jornalista Zuenir Ventura, no dia em que completou 80 anos, idealizada por colegas de redação.

Hermeto por Arnaldo Bloch

"Bangu é o mundo" - No show de seus 75 anos, Hermeto Pascoal se irrita com o público e leva bolo de Senise e Peranzetta.

A queda das vendas dos jornalões

Matéria de maio de 2011, do Observatório da Imprensa.

Mestre Zu e o sangue novo nas redações

Joaquim Ferreira dos Santos
Zuenir Ventura na redação. Foto de Ricardo Chaves
"Há quem tenha sorte no jogo; outros, no amor; e também quem encha a mão nos clichês para começar textos como este. Eu não me queixo. Ganha-se um beijo aqui, mais adiante uma voz muito doce diz “a culpa não é sua, sou eu” e, com toda a delicadeza, mas para nunca mais,bate a porta e sai de cena. Eu não me acanho. Não se pode ter tudo. Vai-se levando, como dizia o velho pai português aos que lhe perguntavam sobre os negócios do armazém. Um pé na frente, outro atrás. Eu não me avexo de abusar de todos esses lugares-comuns da emoção, pois Frank Sinatra roda ao fundo, me autoriza e consola a alma cantando “That’s life”. É a vida, tem de tudo e não se controlam os humores de quem maneja os cordões.
De tudo sei, no entanto, que os fados do destino sopravam absolutamente a favor quando, num dia perdido dos anos 1970, se abriu a porta da redação, como se fosse uma “Porta da Esperança” do Silvio Santos, e lá estava a figura alta do novo chefe, um jogador de basquete do Aterro do Flamengo chamado Zuenir Ventura, ou, como preferiam as cartas que começariam a chegar, atabalhoadas com aquele nome estranho, lá estava o “Sr. Zuvenir” ou ainda a “Sra. Zulvenir”.
O novo chefe era um dos inventores do espírito libertário da Ipanema dos anos 60 e estava a caráter. Usava um macacão de frentista de posto de gasolina, moda que lançava naquele momento. Completava o conjunto com um par de meias listradas, de muitas cores, talismã estilístico que nunca mais dispensaria, mesmo depois, quando inventou outras modas. A mais notável de todas, seguida com empolgação por uma geração de repórteres que pela vida toda tentaria acompanhar a evolução das cores de suas meias, foi a do jornalismo moderno.
Eu estava nessas redações, ungido pela sorte que acompanha goleiros e repórteres, e aqui dou testemunho de orgulho e gratidão.
Zuenir é a prova mais bem-humorada de que o jornalismo é uma espécie de vampirismo de dentes limpos. Aqui, morde-se tudo o que se move à frente, embora Zuenir, conhecido por sua elegante generosidade, tenha sempre o cuidado de em seguida oferecer o seu suculento pescoço como contrapartida.
Professor de Comunicação por muitos anos e dono de um radar sensível para a prática nobre da vampirologia, Mestre Zu sabia escolher as jugulares a serem atacadas. Sempre manteve os caninos presos aos pescoços jovens e tinha enorme capacidade em apontar, no meio da multidão de novatos que se formava à sua porta, os que dariam melhor sumo. Em nome da necessidade jornalística de renovar o fluxo sanguíneo, sugou deles o que podia e agora, quando faz 80 anos, eu ficaria na dúvida se Zuenir se comportaria melhor como membro da Academia Brasileira de Letras ou novo integrante do Restart.
Zuenir deixou pelas redações uma geração de pequenos vampiros, garotos e garotas orgulhosos de carregarem aqueles dois pontinhos de suas dentadas ao redor da jugular. Os mais vaidosos, para exibir a safra especial em que foi produzido o seu amor pelo jornalismo, tatuaram ZV ao redor dos furinhos. Nem precisava. É possível reconhecer esses zuvampiros por uma certa maneira com que mantêm o voo embicado para cima, equilibrando bom humor, ética, otimismo e zero de pose, tudo a serviço de uma sensibilidade que não perde tempo e dirige os caninos rumo à deliciosa carótida do que está acontecendo.
Com a falsa timidez de quem veio do interior de Além Paraíba e passou a adolescência pintando paredes em Nova Friburgo, o vampiro Zuenir tinha lá suas referências serem mordidas, mas nunca incentivou o preconceito. Se as hemoglobinas eram brancas, vermelhas ou azuis, não importava. Ele ensinou a chegar junto e, antes ou depois da dentada, não me lembro bem, fazer a pergunta que move a Humanidade dentro das redações:
— E aí, quais são as novidades?
Zuenir ganhou Prêmio Esso, entrevistou Prêmio Nobel, e tanto estava no réveillon intelectual de Heloisa Buarque de Hollanda, gênese para o livro “1968, o ano que não terminou”, como andava pelos becos de Vigário Geral para dar a sacada do “Cidade partida”, dois livros monumentais no estudo da sociologia carioca do final do século. Mas este é o homem público, o monstro sagrado reconhecido nos anais da ABI e o vencedor notório
das listas dos mais vendidos.
O outro Zuenir, das internas, neste momento, início da madrugada, está saindo com um rolo de barbante embaixo do braço para medir a praça em frente ao Monumento aos Mortos na Segunda Guerra, no Aterro. À tarde, o Papa rezou uma missa ali. Desconfiado dos cálculos da multidão feitos pela PM, Zuenir quer saber a metragem exata, multiplicar pelo número de pessoas que cabem num metro quadrado e depois fazer suas próprias contas.
Eu vi o jornalismo pelas medidas de Zuenir Ventura, e quem tem esse tipo de sorte deve vir a público mostrar o pescoço. Eu estava nessas redações em que ele passou distribuindo charme, bom humor e pautas criativas. A primeira página, o caderno de ideias, as
matérias-abobrinha, tudo lhe era jornalismo, dedicação, generosidade e provocação para que seus vampiros voassem num texto mais bonito. Eu estava lá e tenho pregado na parede mais nobre de minhas memórias o bilhete batido à máquina em que ele me pergunta “Quantos livros você leu este mês? Que filmes você viu? Por que não se inscreveu no curso do Hélio Silva?”.
A resposta que eu pudesse dar, sei agora, não tinha importância alguma. Fosse qual fosse, era preciso ter feito melhor — e é o que se tentou mais uma vez com esta crônica vestida em meias listradas. O pescoço envelheceu, mas ainda pulsa. Às ordens, grande mestre da luz jornalística."

quarta-feira, 29 de junho de 2011

A história da imprensa que contestou a ditadura

De Nós da Comunicação, via Luciana Medeiros:

Instituto Vladimir Herzog apresenta a história da imprensa que contestou a Ditadura 

André Bürger

Com a proposta de resgatar a memória da imprensa alternativa e clandestina que circulou no Brasil entre 1964 e 1979, período entre o golpe militar e a anistia, o Instituto Vladimir Herzog promove o projeto ‘Resistir é Preciso’. Ao longo do ano, serão lançados dois livros, documentários, uma exposição sobre o tema e a coleção de DVDs ‘Os protagonistas dessa história’ com depoimentos de 60 jornalistas  que combateram a ditadura no Brasil, produzindo jornais de contestação do regime.
A data de lançamento do projeto, dia 27 de junho, marca os dois anos de criação do instituto, uma organização sem fins lucrativos fundada em 25 de junho de 2009, que se posiciona com neutralidade
político-partidária, e o 74º aniversário de Vladimir Herzog. O jornalista foi encontrado morto, em outubro de 1975, nas dependências do 2º Exército, em São Paulo. Três anos depois, em processo movido por
sua família, a União foi responsabilizada pelas torturas e morte do então diretor de jornalismo da TV Cultura.
O projeto ‘Resistir é preciso’ revela a importância de 110 jornais clandestinos, 115 periódicos editados no exterior por jornalistas exilados e distribuídos no Brasil e em países de língua portuguesa.
Além disso, traz também a história de mais de 400 diários alternativos, todos de grande importância, como explicou o jornalista Ricardo Carvalho, um dos coordenadores de conteúdo e de pesquisa do projeto. “Os profissionais à frente dessas publicações foram fundamentais para o processo de redemocratização do país na luta contra a ditadura militar”, comentou.
Entre os veículos estão os jornais ‘Opinião’, ‘Movimento’, ‘Brasil Socialista’, que era editado na Bélgica, ‘Cartas Chilenas’ e o ‘Voz Operária’. Este último produzido na Itália e na União Soviética pelo
Partido Comunista Brasileiro. A maioria das publicações alternativas era de esquerda, normalmente com uma linha editorial mais opinativa. “Esses jornais faziam uma leitura dos grandes veículos brasileiros e
das principais revistas que circulavam pelo país”, esclareceu Carvalho.
A coleção de DVDs reúne depoimentos de jornalistas de destaque como  Juca Kfouri, preso em 1971 quando era chefe de reportagem da Placar; o dramaturgo e roteirista Aguinaldo Silva; o escritor Fernando Moraes que trabalhou nas redações de Veja e Folha de S. Paulo; Ziraldo Pinto, um dos fundadores do Pasquim; Reynaldo Jardim, que faleceu logo após gravar seu depoimento e Raimundo Pereira, um dos fundadores do ‘Opinião’. Posteriormente, Pereira trabalhou no jornal ‘Movimento’ e hoje edita a revista mensal ‘Retrato do Brasil’.
Para Carvalho, o projeto é uma oportunidade para estudantes de jornalismo aprenderem sobre esse período da história da imprensa no país. “Quando conhecemos a trajetória desses homens e mulheres que  lutaram pela liberdade do Brasil, ficamos blindados contra qualquer ameaça futura a essa liberdade. Por isso, é fundamental que as novas gerações conheçam esse tipo de trabalho”, acredita.  Na entrevista ao Nós da Comunicação, Carvalho comentou a Lei de Acesso à Informação, que obriga órgãos públicos a prestarem informações à sociedade. “As pessoas precisam ter acesso às informações. Porque no  momento que vira secreto, vira também suspeito. Se tem alguma coisa errada é preciso falar para a sociedade. Concordo que não precisa ser no ano seguinte, porque algumas questões são de segurança nacional, mas é preciso divulgar algum dia. Não existe meia democracia: ou existe ou não existe. Qualquer meio-termo é palhaçada”, criticou o jornalista.

terça-feira, 28 de junho de 2011

E o português?

No Jornal Nacional, a estudante de Comunicação afirma na reportagem: "E eu que pensei que o inglês, língua em que investi pra conseguir estágio, é que seria uma vantagem. Que nada, o português é que faz diferença". Ela ficou no caminho em quatro ou cinco testes para estágio.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

terça-feira, 21 de junho de 2011

A "despensa" da redação

Últimas notícias: aquele diretório na redação chamado "dispensa", onde ficam as matérias que caem. Junto com o feijão, do lado do arroz.
E uma porção de gente engoliu...

domingo, 19 de junho de 2011

Histórias de uma jornalista

A querida amiga jornalista Luciana Medeiros contou à turma das 13h esta história protagonizada por sua mãe, Maria d'Ajuda, uma das primeiras repórteres do telejornalismo brasileiro. Pedi a ela que registrasse pro blog. Aí está o emocionante relato:

"Eram os anos 70 – início, talvez 74, ou já para 75/76, quem saberá dizer?... Minha mãe, Maria d’Ajuda, integrou a primeira geração de repórteres femininas da TV Globo, junto com Glória Maria, Leda Nagle e Scarlett Moon, entre outras, e ainda iria ser uma das editoras do Jornal Hoje em seus primórdios. Na época dessa foto, ela era repórter de rua. O cinegrafista que está com ela se chamava Flavinho. Em tempo: minha mãe é filha da PUC, e formou-se na última turma de Jornalismo, antes do curso se transformar em Comunicação Social. Ela cursou a faculdade depois de casada, eu tinha 6-7 anos quando ela começou – deve ter sido de 68 a 72 ou coisa assim. Logo depois ela foi para O Globo e a TV Globo, depois TV Bandeirantes e TVE.
Bom, a história: estava ela, junto com uma turma grande, fazendo plantão num prédio da Av. Atlântica, à espera de um (a memória que não me traia demais) comandante de voo comercial acusado de contrabando. Tocaia mesmo, junto com outras equipes. Esse cidadão careca aí da foto sai do prédio e todos se precipitam para entrevistá-lo (gente, e cadê a polícia? Eu, hein). Apesar dos sapatos plataforma, lá foi Maria d’Ajuda correndo na frente do bando de coleguinhas... e o camarada, que não era comandante nem acusado de nada, meteu-lhe um empurrão daqueles. Evandro clicou a cena, a foto saiu no JB no dia seguinte e ele – que tinha sido professor dela na PUC – mandou fazer esse megapôster, que ela doou para a redação da faculdade.
Minha mãe morreu em 1984, no cumprimento do dever: estava no voo fretado que caiu em Macaé, junto com 14 outros jornalistas de TV. Eles iam cobrir o marco da extração de 500 mil barris da Petrobras em Campos. Havia gente das TVs Globo, Bandeirantes, Manchete e ela era da TV Educativa (hoje TV Brasil). No dia seguinte, Samuca (Samuel Weiner, filho de Danuza Leão), também repórter da TV Globo,  morreu num acidente de carro, voltando de Macaé para o Rio, depois de cobrir as primeiras buscas do acidente. Foi traumatizante para todos. Eu era aluna da PUC nessa época, e tinha justamente acabado de sair de uma aula na redação, com Fernando Ferreira, quando cheguei em casa e soube do acidente.
Curiosamente, quase todos os repórteres que estavam naquele avião tinham sido convocados às pressas para substituir um colega que não poderia ir. No caso da minha mãe, ela – que tinha pavor de avião – entrou no lugar de Munir Safatli.
Ela era uma mulher avant la lettre, muito à frente do seu tempo. Tinha a ânsia de viver tudo, uma gula, uma paixão que faziam dela uma pessoa inesquecível. Eu me lembro de numerosas ocasiões em que ela ficava felicíssima com as missões mais espinhosas – plantão que virava noite na rua, como no sequestro do Carlinhos, caso que parou o Brasil (e aliás nunca foi resolvido). Quando morreu, tinha 46 anos. Morreu trabalhando, que era o que ela mais gostava de fazer."
Abaixo, o pôster de Evandro Teixeira ainda ao fundo da sala da redação do Projeto Comunicar, em foto do acervo de Paula Autran. Aparecem os então estagiários Patricia Albuquerque; Fernando Lafayette e Luiz Antonio Ryff; Fernando Luna e Angelica Lopes; Paula Autran, Luciana, Germana Costa Moura e Monica Weinberg; Felipe Barboza e um amigo dele que não fazia Comunicação na última fileira. A foto é de Julien Maculan, fotógrafo do projeto na época. Auxílio luxuoso de Ryff na identificação. Valeu!

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Comunique-se : Assessoria ameaça jornalistas via twitter e perde cliente

Comunique-se :: Assessoria ameaça jornalistas via twitter e perde cliente

Pesquisa de Satisfação

Aos alunos: 
Claro que não resisti e li ontem mesmo os comentários positivos e negativos sobre o curso. Depois de corrigir as provas e lançar as notas, vou fazer a tabulação dos resultados e compartilharei aqui. Mas adianto que fiquei feliz com o resultado geral.

E o PIB foi para...

Esta é a divulgação do PIB pelo IBGE. Todos os jornalistas prontos para passar a notícia na hora em que os dados são divulgados. Coisa de doido.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

O que se espera de um jornalista iniciante?

O blog Novo em Folha é tudo de bom. Este link, Ana Estela ("Jornalismo Diário") fala das qualidades mais desejadas em um jornalista.

Este outro traz vários links com dicas de profissionais sobre como se preparar para ser correspondente, cobrir cultura, economia, esporte, adolescentes etc.

terça-feira, 31 de maio de 2011

O caso Francenildo

Falamos hoje sobre o caseiro Francenildo Costa, exemplo emblemático de testemunha que mudou o curso da história - poderíamos ter Palocci, e não Dilma, na Presidência hoje. Ou Dirceu. Enfim.
Primeiro, a reportagem do Estadão (perdão, leitores, não a IstoÉ, como eu disse), que deu início à série. Neste link tem uma edição especial ilustrada contando o caso - O cerco a Palocci
Depois, a Época "contra-ataca" com a versão empurrada pelo governo de que Francenildo havia ganhado dinheiro - informações obtidas com a quebra do sigilo bancário do Francenildo e vazadas à revista.
A seguir, reportagem da semana passada, com um ex-diretor das Organizações Globo, afirmando que o próprio Palocci levou à Época dossiê desqualificando o caseiro. O próprio diretor, afastado da empresa, agora fala em http://www.brasil247.com.br/pt/247/poder/2931/Exclusivo-ex-diretor-da-Globo-diz-ao-247-que-Palocci-levou-o-dossi%C3%AA-Francenildo-aos-Marinho.htm
Francenildo ganhou, mas ainda não levou os R$ 500 mil de indenização porter tido seu sigilo quebrado:

25/05/11 - 17:04 por Vannildo Mendes, de O Estado de S.Paulo

Palocci foi responsável por vazamento de dados do caseiro, diz Caixa

BRASÍLIA - Para se livrar da indenização de R$ 500 mil, a que foi condenada a pagar, a Caixa Econômica Federal alegou à Justiça que a responsabilidade

Aos futuros jornalistas

A redação de "O TEMPO", "Super Notícia", "Pampulha", "Portal O Tempo Online" e "WebTV OTEMPO" em ação na "Oração do Jornalista" e no clipe "A redação mais bonita da Cidade". A redação mais animada de todos os tempos. E a música é um mantra viciante. E os comentários também são ótimos. Imperdível!

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Caça-notícia

Hoje vamos pôr a mão na massa: ir à rua (o campus) procurar e identificar uma notícia e escrevê-la, tudo no tempo de aula. Dicas:
Notícia = inédito, incomum, importante, interessante
Dentro desse critério, vale notícia de utilidade pública; vale intriga, vale historinha inusitada. Mas tem que ser verdade e tem que estar acontecendo (ter acontecido) hoje. Notícia de ontem já está velha.
Matéria boa tem personagem. "Ter personagem é o ponto principal para escrever qualquer coisa", disse ontem mesmo o jornalista Ricardo Kotscho, em encontro de jornalistas escritores. Tem matéria (fraca) sobre o encontro no Comunique-se.
Matéria exclusiva é mais legal - busque algo original, só seu. Evite o caminho fácil, como as palestras que sempre rolam na 110K (a menos que seja algo extraordinário)
Aos alunos das 17h: estarei num evento com o reitor, mas volto para receber os textos.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Concursos de jornalismo sinalizam demandas do mercado

Gustavo Rocha - Do Portal da PUC
Os concursos de jornalismo para universitários, promovidos anualmente, são uma boa oportunidade para estudantes e professores conhecerem as demandas do mercado. Segundo profissionais da área, a tendência atual dos jurados de preferir matérias criativas, com tom humano e variedade de fontes, por exemplo, é um sinal do que as empresas desejam de seus futuros jornalistas.
– A escolha recai sobre uma reportagem criativa, humana, com pluralidade de fontes, que dê voz a quem geralmente não é ouvido – afirmou a jornalista Marcia Detoni, jurada da primeira edição do Prêmio CBN de Jornalismo Universitário, de 2009. – Desta forma, o concurso sinaliza o que o mercado valoriza numa reportagem.
Para Detoni, os concursos são úteis porque desafiam os estudantes a produzir matérias nos moldes do mercado, além de oferecerem um retorno imediato. Aos premiados, a confirmação de que estão no caminho certo. Aos não premiados, o convite a uma reflexão sobre a própria formação acadêmica e a um maior empenho na faculdade.
– Recebemos muitos trabalhos que reproduziam velhas práticas, como matérias somente com fontes oficiais – apontou. – Isto é, novos jornalistas, velhos paradigmas.
Além de ser um laboratório, os concursos também podem abrir portas no mercado para o jovem: os vencedores dos prêmios acabam se destacando nos processos seletivos dos veículos de informação.
– No caso do rádio, o candidato premiado parece já preparado para lidar com as exigências do mercado. É diferente do estagiário comum que, apesar da grande vontade que tem de aprender, chega à redação ainda muito "cru" – contou Caroline Morand, repórter da CBN-Rio, que acompanha as equipes de estagiários da emissora.
Juliana Conte – uma das vencedoras do Prêmio ESMPU de Jornalismo Universitário de 2009 – espera que a conquista lhe dê vantagem em processos de seleção.
– Jornalista tem que ter diferencial que dê credibilidade ao seu currículo – afirmou. – A faculdade não é tudo.
Segundo Paulo Eduardo Scheuer, um dos vencedores do prêmio CBN de 2009 junto com Karina Gomes, atual produtora do programa CBN Noite Total, os concursos consistem, também, na oportunidade do estudante ter acesso a todas as etapas da produção de uma reportagem e de se envolver diretamente nelas.
– Fixei bem a maneira como apuramos, editamos e produzimos a matéria. Hoje, quando faço uma entrevista, me lembro da abordagem que fizemos, de como entramos em contato com as fontes, enfim, de tudo o que aprendemos nesse momento – explicou.
Para Marcia Detoni, as faculdades também podem aproveitar os concursos de jornalismo universitário. Ao analisar as matérias vencedoras, os professores tomam conhecimento das exigências do mercado, de quais elementos uma reportagem precisa ter para ser considerada de boa qualidade.
– A academia pode comprovar que o jornalismo tradicional e burocrático não é mais valorizado – recomenda.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Foto premiada de O DIA é destaque em exposição da World Press Photo

Mostra apresenta, a partir de 17 de maio, as premiadas imagens do fotojornalismo mundial

O DIA - A Caixa Cultural Rio apresentará, de 17 de maio a 19 de junho, a exposição World Press Photo (WPP), a mais importante mostra de fotojornalismo, promovida pela organização holandesa de mesmo nome. Serão exibidas 177 fotos, divididas em single e série de fotos, nas seguintes categorias: Notícias em Geral, Notícias em Destaque, Pessoas e Notícias, Esportes, Assuntos Atuais, Vida Cotidiana, Retratos, Arte e Entretenimento e Natureza. Entre os destaques, a WPP destacou, com a Menção Honrosa, uma série de fotos de Alexandre Vieira, do jornal O DIA.
Nas imagens, o registro de um tiroteio na Avenida Brasil, no dia 3 de março de 2010, em plena luz do dia. “Eu voltava de outra pauta, quando escutei, de dentro do carro, um disparo, mas, apenas quando ouvi o segundo, é que resolvi pegar a máquina”, conta Alexandre. “Era início da tarde, de um dia normal – o trânsito fluía, o mercado ao lado estava aberto. Fiquei até o ato final, quando um dos homens pisou na cabeça do outro, que estava no chão”, completou o fotógrafo, que ganhou na categoria Notícias em Destaque – Série de Fotos. A série também venceu o Prêmio Esso de Fotografia 2010, o mais importante do jornalismo brasileiro.

O melhor do fotojornalismo
A 54ª edição da mostra pode ser vista como uma retrospectiva dos fatos mais marcantes de 2010, com a presença de 55 fotógrafos de 23 nacionalidades. Todos os anos, as melhores imagens são premiadas e reunidas na exposição WPP, que parte de Amsterdã e dá a volta ao mundo, passando por Bélgica, Suíça, Líbano e Croácia, antes de desembarcar no Rio, primeira cidade das Américas a receber a mostra. Depois, a exposição segue para Brasília e países como Espanha, França, Estados Unidos e Canadá.
O júri escolheu a fotógrafa Jodi Bieber, da África do Sul, como a grande vencedora desta edição. O retrato de Bibi Aisha – a afegã que teve seu nariz cortado ao sair de casa fugida do marido – também ganhou o primeiro lugar na categoria Retratos. A imagem, fotografada para a revista Time, foi destaque na capa da edição de 9 de agosto de 2010 da publicação americana. 
Serviço:
CAIXA Cultural. Av. Almirante Barroso, 25, Centro (Metrô: Estação Carioca). Visitação: 17 de maio a 19 de junho. De terça a sábado, das 10h às 22h; domingo, das 10h às 21h. Telefone: (21) 2544-4080. Entrada franca.

Como se constrói uma "polêmica" apurando mal ou escondendo fatos, forçando a mão

Estava mesmo malcontada esta história de livro que "ensina" concordância errada. Quando se vai ver direito,  logo cai por terra o argumento da polêmica. Explicar não é "ensinar". E o livro não ensina, mas explica - coisa que a imprensa andou deixando de fazer. E levou um monte de "ólogos" a criticar sem saber direito do que se tratava. E fez títulos "vendedores" de um peixe que era,  na verdade, um bagrinho. Não merecia pé de página, até porque não é novidade, nem é o primeiro livro que explica o fenômeno da concordância de sentido e do seu uso em determinados grupos e situações.
O Último Segundo, além de ouvir uma das autoras, mostra o trecho do livro em que supostamente se ensina o aluno que "nós vai" é certo. Será? Leia e tire suas conclusões:
"Não somos irresponsáveis", diz autora de livro

Nota da Editora: Depois de acalorada discussão com pessoas que admiro e respeito - alunos, amigos jornalistas ou não -, admito que o livro extrapola os limites da língua e do bom senso, e não deveria ter sido distribuído pelo governo. Mas mantenho minhas críticas à ferocidade e descontex...tualização com que a notícia é conduzida na mídia. O Globo hoje diz que, por causa do livro, as regras do Enem terão que mudar para que respostas erradas sejam aceitas (http://oglobo.globo.com/educacao/mat/2011/05/17/haddad-defende-livro-mas-enem-exige-norma-culta-924488204.asp). Parem as máquinas! Me senti menos maluca ao ler o que disse o linguista Marcos Bagno, professor da Universidade de Brasília (UnB), ao próprio Globo: "O linguista contestou a opinião da procuradora Janice Ascari, do Ministério Público Federal em São Paulo, que acusou os responsáveis pela edição do livro de estarem cometendo um crime contra a educação.
- A procuradora falou de modo leviano, sem conhecimento de causa, inspirada somente no que ouviu dizer. Fez um escândalo sobre o que não existe. Ninguém está propondo 'ensinar a falar errado', mas simplesmente a reconhecer a realidade linguística multifacetada, heterogênea - criticou Bagno, autor de vários livros sobre o tema.
Segundo o professor da UnB, a procuradora não sabe que há mais de 15 anos o ensino do português no Brasil diferencia a língua falada da escrita para que o aluno passe a perceber e a apreender a linguagem culta."

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Para ver e ler Silvio Tendler

Silvio Tendler lança “Quatro Baianos Porretas", coletânea de roteiros dos filmes sobre Glauber, Marighella, Castro Alves e Milton Santos, e a caixa com os quatro filmes. O lançamento será quinta-feira, dia 19 de maio, às 19h, na Livraria da Travessa (Rua Visconde de Pirajá, 572 – Ipanema).

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Ainda sobre Aydano e a coluna de Ancelmo Gois

Um texto superbem-escrito de um jovem blogueiro sobre a coluna do Ancelmo. Compartilho por ser informação relevante, sobre jornalistas e rotina de trabalho que devemos conhecer; por ser um estímulo a escrever, dica do próprio Aydano; e principalmente porque é bom de ler: Apenas Pequenos Pensamentos: Por trás da coluna de Ancelmo Gois

Comunique-se : Folha, CBN, G1, Exame e JN são eleitos os mais influentes da mídia

Deu no Comunique-se: O estudo Impacto das Mídias, realizado pelo Instituto Máquina de Pesquisa, da Máquina PR, revelou os veículos, jornalistas e blogs mais influentes na opinião dos executivos brasileiros. O levantamento ouviu 262 porta-vozes, de 94 empresas de atuações diversas, que juntas são responsáveis por um faturamento aproximado de R$ 497,98 bilhões, e mostrou que Folha de S.Paulo, CBN, G1, Exame e Jornal Nacional são os mais influentes na opinião dos executivos. Entre colunistas e blogs, se destacam Mônica Bergamo, Miriam Leitão e Ricardo Noblat.
Na visão dos executivos, a mídia impressa continua sendo a mais confiável, com 53,8% das indicações. Para eles, o que mais importa não são denúncias ou repercussão que o meio causa, mas o fato de tratar os assuntos com profundidade.

Apesar dos entrevistados revelarem que acompanham diariamente o noticiário por agências de notícias e blogs, esses meios não são considerados os mais confiáveis para os executivos, mas jornais, revistas, TV e rádio aparecem na frente. No entanto, os veículos online ganham mais credibilidade ano após ano. “Fizemos a mesma pesquisa em 2008 e o que chama a atenção é que a média desses veículos online subiu, quer dizer que os executivos estão reconhecendo paulatinamente a credibilidade desse meio”, explica o jornalista Marcelo Diego, responsável pelo estudo.



sexta-feira, 6 de maio de 2011

Uma boa pauta


O economista Tony Piccolo coordena há dez anos o site Amai-vos, no qual, através de uma rede de parcerias com todas as vertentes do pensamento cultural, social e religioso, se dedica a trocar ideias para tornar o mundo um lugar melhor, dentro do seu slogan “inteligência e tecnologia a serviço do amor”.
Lembra que houve um tempo em que consumidor não reclamava, jovem não tinha voz, criança não tinha direitos? Embora as conquistas tenham avançado, muitos ainda não conhecem esses seus direitos, ou não sabem a quem reclamar, a quem recorrer, onde consultar. O mesmo com os gays, que vêm tendo reconhecidos os seus direitos civis – plano de saúde, pensão e agora o direito à união civil, mas ainda têm um monte de preconceitos a derrubar.
O Amai-vos tem parcerias com a PUC para prestar assessoria jurídica, psicológica, religiosa, gratuita e de qualidade, a qualquer pessoa, sobre os mais diversos assuntos.
Acaba de entrar no ar o serviço Diversidade Sexual On-line, canal de comunicação criado para orientar os internautas sobre assuntos ligados à homossexualidade, especialmente cidadania, família, religião, espiritualidade e autoestima. Conta com a parceria do Grupo de Pesquisa Diversidade Sexual, Cidadania e Religião da PUC-Rio. O grupo se dedica ao estudo da homossexualidade relacionada a questões de família, direitos humanos, ciência e religião. É formado por professores e alunos de diversos departamentos da universidade, bem como por profissionais das áreas de serviço social, psicologia e teologia, que procuram conhecer e se aprofundar nesse tema. Já havia as orientações on-line sobre Conselho Tutelar, Direito do Consumidor, Legislação, e ainda para grupos mais específicos: Jovens, Médicos e Professores.

Mas o portal é bem mais do que isso: é um fórum de ideias, tendo no seu time de colunistas Frei Betto, Leonardo Boff, André Urani, Luiz Eduardo Soares e Nilton Bonder, entre outros; traz notícias e entrevistas interessantíssimas, que não estão na grande imprensa. Toca projetos sociais. Divulga ações pela paz. Produz bem-estar. E produz também questionamento, indagação, inconformismo, hábitos saudáveis sem os quais não crescemos como indivíduos, como cidadãos.

O Amai-vos faz esse trabalho voluntário “silenciosamente”, há dez anos. Difícil sair algo na chamada grande imprensa. Tony nem se importa, está fazendo seu trabalho de formiguinha, e com ótimos resultados. Mas, como jornalista, fico impressionada, e não vejo outra razão para isso que não o preconceito. O preconceito do qual os jornalistas dizemos estar livres, mas que curiosamente ignora pautas sobre um portal de nome meio “cafona”, meio “jesus”, de que nunca se ouviu falar e, portanto, não deve ser sério. Fala sério.

Se ignorância significa não saber, arrogância significa não querer saber. Jornalista deve ser curioso, deve buscar se informar sempre, procurar notícia em qualquer lugar, sem prejulgamentos ou preconceitos, não é esse o combinado? Pois então, aí está uma boa pauta, ou várias.

Recordar é viver

Como anda o seu português?

Faça o Teste de Português Nível 5 do Educar para Crescer, site educativo.

E não esqueça do mantra: Para escrever bem, a gente precisa ler quem escreve bem!

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Campanha

Troque por uma informação um adjetivo pobre

O auditório estava cheio = o auditório de 150 lugares abrigou 200 pessoas, muitas em pé ou sentadas no chão.

cineasta renomado = dono das maiores bilheterias de documentário do país, de até 1,7 milhão de espectadores

Mandem suas contribuições!

Comunique-se :: TV Globo: sindicato contesta projeto em que telespectadores viram repórteres

O que você acha do "Parceiros do RJ": precarização ou inclusão? Opine.

Comunique-se :: TV Globo: sindicato contesta projeto em que telespectadores viram repórteres

Links para slides

Aula Notícia

Aula Redação

Tabela Hífen